Tratamentos para Infertilidade

Escolhendo o tratamento adequado

Depois de passar por todos os exames, é hora de definirmos juntos qual é o melhor tratamento para o seu caso. A escolha vai depender de muitos fatores, como a causa da infertilidade, o tempo de tentativas para engravidar, a idade da mulher e, quando há mais de uma opção, as preferências de tratamentos de cada casal.

É importante ressaltar que não existe um tratamento padrão para engravidar. Cada paciente vive uma realidade única e individual, que será profundamente investigada, para que sua necessidade seja compreendida, respeitada e atendida.

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Principais Tratamentos

Existem muitos tratamentos que contribuem para que a gravidez aconteça ou ainda para que as mulheres possam aumentar suas chances de engravidar no futuro. Nos links abaixo, eu explico cada um deles em detalhes.

Dúvidas frequentes sobre tratamentos

Conheça algumas das principais dúvidas que escuto no consultório

  • Quanto tempo dura um tratamento de FIV?
    A FIV pode ser dividida em 3 etapas: 1. A fase de estimulação ovariana dura 10-14 dias. Começa no início do ciclo menstrual (ou logo após a ovulação) e termina com a coleta dos óvulos; 2. A etapa laboratorial, de formação e cultivo dos embriões, dura 5-7 dias, até que os embriões atinjam o estágio de blastocisto; 3. A transferência embrionária ao útero e implantação podem ocorrer logo a seguir da segunda etapa (transferência “a fresco”) ou os embriões podem ser criopreservados (congelados) e transferidos ao útero num ciclo menstrual posterior (transferência de embriões congelados, TEC ou, do inglês, FET). A confirmação se houve ou não a implantação do embrião no útero é feita pela dosagem do beta hCG no sangue, colhido 9-10 dias após a transferência embrionária. Portanto, do início da estimulação ovariana até o resultado do teste de gravidez, a FIV dura aproximadamente 30 dias no caso de transferências “a fresco”. Este prazo é maior quando se faz a TEC.
  • Quais as chances do tratamento dar certo?
    A chance da FIV dar certo depende principalmente: – da idade da mulher; – do motivo pelo qual a FIV foi feita; – do número de óvulos obtidos, o que por sua vez tem relação com o estado da reserva ovariana. Clique aqui para acessar a calculadora de chances de sucesso da FIV de acordo com o banco de dados dos Estados Unidos. O site está em inglês, mas fornece uma estimativa bastante semelhante ao observado por aqui.
  • O que posso fazer para me preparar para o tratamento?
    Em primeiro lugar é importante fazer todos os exames que seu médico solicitou. Costuma-se recomendar também que as mulheres estejam usando ácido fólico ou metilfolato por pelo menos um mês antes do tratamento. Preparar-se também emocionalmente, pois os tratamentos para engravidar costumam envolver muita expectativa e, às vezes, algumas frustrações também, infelizmente. Entender que o tratamento é feito em etapas, que um resultado negativo não é necessariamente sinal que não dará certo no final, ter sempre uma conversa franca com seu médico a respeito de como o tratamento está indo, fazer alguma atividade que a distraia e tire o foco exclusivo no tratamento como meditação, yoga, acupuntura, contar com o suporte de familiares, amigos e/ou de profissionais (psicólogos, terapeutas) são medidas que podem ajudar. Não há apenas um caminho certo, cada pessoa tem uma válvula de escape que ajuda a aliviar as tensões e que deve ser usada durante o tratamento para engravidar.
  • Por que é necessário usar hormônios para fazer a FIV e a inseminação intra uterina? Não posso aproveitar o óvulo que amadurece naturalmente todo o ciclo menstrual?
    Os hormônios são usados na FIV e na IIU para estimular os ovários, isto é, para estimular o amadurecimento de mais óvulos. Com isto, aumentando o número de óvulos maduros disponíveis no ciclo de tratamento. Esta é uma etapa importante, pois o número de óvulos maduros obtidos na estimulação ovariana é um dos fatores que têm relação com a chance do tratamento dar certo. Na IIU, estudos mostram que o tratamento feito com estimulação ovariana também têm mais chance de dar certo do que se feito em ciclos naturais (aproveitando a ovulação natural).
  • É verdade que todas as gestações após tratamento são de gêmeos?
    Não! As gestações de gêmeos são mais comuns na FIV do que naturalmente: até 30% (uma em cada três) das gestações que acontecem após a transferência de mais de um embrião ao útero são gestações de gêmeos, enquanto que apenas 1-2% das gestações que acontecem naturalmente são gestações de gêmeos. Algumas pacientes até acham interessante que aconteça uma gestação de gêmeos. A sensação de com apenas uma gestação já ter os dois filhos que se pretendia ter. Se por um lado é absolutamente compreensível o desejo de passar pelo processo apenas uma vez, por outro há algumas informações importantes de se levar em consideração: – As gestações gemelares têm maior risco de intercorrências tanto para as mães quanto, principalmente, para os bebês (diabetes, pré-eclampsia, prematuridade, só para citar alguns exemplos); – A gestação de gêmeos não é propriamente uma escolha do tratamento, mas sim um risco que se corre quando se transfere mais de um embrião ao útero simultaneamente. Mesmo quando se faz a transferência de mais de um embrião ao útero, a maioria das gestações ainda são de um bebê, ou seja, não conseguimos fazer com que a gestação seja necessariamente de gêmeos; – Considerando os maiores riscos deste tipo de gestação, na última década tem havido um esforço mundial para tentar reduzir as taxas de gestações gemelares na FIV, com a transferência de um único embrião sendo recomendada sempre que possível.
  • Quais são os efeitos colaterais mais comuns na FIV?
    Os efeitos colaterais mais comuns durante a FIV são inchaço e sensação de distensão e peso no abdome. Algumas mulheres têm sintomas semelhantes aos de uma TPM, como dor de cabeça, mudança do humor, tontura, náuseas, mas estes sintomas são menos comuns e costumam durar menos tempo. Com avanços nas medicações e protocolos de tratamento, a FIV é um tratamento muito bem tolerado pela maioria das mulheres atualmente.
  • Quem faz FIV tem mais risco de desenvolver câncer?
    Estudos que seguem mulheres que fizeram FIV há 20 anos não mostraram aumento do risco de desenvolver câncer de mama e de ovário, dois dos principais locais que em tese poderiam sofrer os efeitos dos hormônios usados no tratamento. Importante dizer que as mulheres que têm infertilidade ou que engravidam mais tardiamente têm um risco um pouco maior de desenvolver câncer de mama e de ovário, mas os tratamentos de reprodução assistida não aumentam este risco natural.
  • Quantos óvulos são retirados na FIV? Isto vai me fazer ter a menopausa mais cedo?
    O número de óvulos extraídos a cada ciclo de FIV pode variar muito de mulher para mulher e depende do estado da reserva ovariana e do protocolo de tratamento utilizado (medicações e doses). Independentemente do número de óvulos que é extraído, a FIV não antecipa a ocorrência da menopausa, pois daquele conjunto de óvulos obtido, um seria ovulado naturalmente e os demais seriam descartados em um ciclo natural (sem uso de estimulantes ovarianos).
  • Como é escolhido o embrião que será transferido ao útero?
    Antes de serem transferidos ao útero, os embriões produzidos in vitro devem atingir um certo estágio de desenvolvimento. Atualmente, costuma-se aguardar que atinjam o estágio de blastocisto, o que acontece de 5 a 7 dias a partir da data da fertilização (combinação dos óvulos com os espermatozoides). Durante esta fase de desenvolvimento, os embriões são avaliados em relação à sua evolução (tempo e maneira pela qual se desenvolveram) e sua morfologia, isto é, sua aparência (simetria entre as células, fragmentação, expansão, etc). Esta avaliação gera uma classificação que tem relação com a chance do embrião implantar no útero e, portanto, quando há mais de um embrião viável para a transferência ao útero, esta classificação é muito utilizada para se escolher a ordem na qual os embriões serão transferidos (prioriza-se a transferência dos embriões que têm maior chance de implantar). Atualmente, é possível também fazer alguns testes genéticos nos embriões. Quando este é o caso, utiliza-se também o resultado destes testes para decidir quais embriões serão transferidos ao útero.
  • O congelamento prejudica o embrião?
    Não! O congelamento de embriões (tecnicamente chamado de criopreservação de embriões) feito pela técnica de vitrificação em laboratórios experientes está associado a elevadas taxas de sobrevivência embrionária (acima de 90%). Uma vez “descongelados”, os embriões têm a mesma chance de implantação de quando “a fresco”, isto é, no ciclo em que foram formados. Por conta dos excelentes resultados e segurança, a criopreservação embrionária é uma técnica bastante utilizada atualmente.
  • É possível fazer IIU ou FIV para escolher o sexo do bebê?
    Não, os tratamentos de reprodução assistida (IIU e FIV) não podem ser usados com o objetivo de selecionar o sexo ou qualquer outra característica dos bebês, exceto para evitar doenças, em conformidade com as normas do Conselho Federal de Medicina.
  • Como são escolhidas as doadoras de óvulos? Posso saber quem é a minha doadora?
    De acordo com as normas emitidas pelo Conselho Federal de Medicina, as doadoras de óvulos devem ser mulheres de até 37 anos (de preferência menos de 35), sem nenhuma doença infecciosa transmissível. As doadoras podem ser parentes de até 4o grau das mulheres que receberão os óvulos ou pessoas desconhecidas das mulheres que receberão os óvulos. A escolha leva em consideração características físicas, sempre com o consentimento de ambas as partes e, no caso das doadoras desconhecidas, apesar da sua identidade não poder ser revelada às receptoras (e vice-versa), a mulher que receberá os óvulos normalmente tem informações sobre características físicas da doadora.