Apesar de a gravidez poder ocorrer após qualquer relação sexual desprotegida e em qualquer fase do ciclo menstrual, existe um período do ciclo no qual a probabilidade de que uma relação sexual resulte em gravidez é maior. Este período é chamado de período fértil e costuma durar cerca de 5 a 7 dias, incluindo o dia da ovulação.
As formas mais conhecidas para saber quando é o período fértil são a “tabelinha” e a medida da temperatura corporal. Entretanto, são formas um pouco complicadas de se fazer na prática devido às variações de duração do ciclo menstrual, no caso da tabelinha, e à necessidade de se medir a temperatura do corpo todos os dias, colocando o termômetro na boca logo ao acordar, antes de se levantar da cama. Além disto, costumam causar muita ansiedade ao casal e tornam o relacionamento as vezes um pouco artificial, com a cobrança de engravidar.
Na prática, uma forma eficiente e menos “estressante” de garantir relações no período fértil é ter relações cada 2 ou 3 dias, começando logo depois do final da menstruação. Isto porquê os espermatozoides podem sobreviver dentro do útero por até 5 dias e os óvulos por até 2 dias. Com esta frequência sexual é muito provável que uma ou mais relações ocorram no período fértil, sem a preocupação de tentar adivinhar quando ele vai ocorrer. Outra boa dica é tentar perceber modificações do padrão do muco vaginal. Próximo da ovulação o muco fica parecendo uma “clara de ovo”. Este é o período mais fértil do ciclo. Se você não nota estas modificações no muco não se preocupe, nem todas as mulheres férteis, que conseguem engravidar sem dificuldades, conseguem perceber e mesmo as que conseguem nem sempre apresentam estas modificações todos os meses, mesmo ovulando e podendo engravidar naturalmente. A modificação do padrão do muco deve ser encarada como uma dica e não como algo que é necessário e imprescindível para que a gravidez ocorra.
É importante ressaltar que não há apenas um dia fértil por mês e sim um período, que dura alguns dias.
Referência: The Committee of the American Society for Reproductive Medicine in collaboration with the Society for Reproductive Endocrinology and Infertility. Optimizing natural fertility: a committee opinion. Fertility & Sterility 2013; 100: 631-637.